Mezaninos em aço são a melhor escolha para qualquer tipo de obra

Mezaninos em aço são a melhor escolha para qualquer tipo de obra

Montadas como um ‘lego’, as peças metálicas são autoportantes e leves. Os principais cuidados são adotados na fase de projeto

Os mezaninos em aço predominam em lojas de shopping centers e de galpões industriais e logísticos. Agora, ganham espaço em residências e nos apartamentos compactos com pé-direito duplo, possibilitando a ampliação da área do imóvel. De acordo com a engenheira Heloísa Martins Maringoni, titular da Companhia de Projetos, a escolha se deve tanto pela leveza e capacidade autoportante quanto pela durabilidade e possibilidade de ampliações e adaptações.

Suas peças, pré-definidas, são montadas como um ‘lego’ e o peso próprio da estrutura é bem menor do que aquele que suporta

Heloísa Martins Maringoni

“Suas peças, pré-definidas, são montadas como um ‘lego’ e o peso próprio da estrutura é bem menor do que aquele que suporta”, diz, explicando que se essa relação for entendida como rendimento, este é da ordem de 1000%. Ou seja, suporta 10 vezes o que pesa. Dessa forma, a capacidade disponível em uma estrutura preexistente ganha na otimização de uso.

A engenheira compara o mezanino metálico com o de concreto e o de madeira. “A solução em concreto é construída junto com a estrutura do edifício, faz parte do projeto original”, diz. No caso de ser executada posteriormente – situação comum em lojas de shoppings em que há uma estimativa de carga, mas não a definição de ocupação –, a melhor solução é o aço ou a madeira. Esses materiais reduzem o peso próprio para otimização de uso e de pilaretes de apoio.

“Além disso, o mezanino em aço resulta na redução das dimensões estruturais, o que leva ao ganho de alturas livres”, destaca. Tanto a estrutura em aço quanto em madeira é de seção ativa, ou seja, é constituída de barras. As estruturas em madeira têm seções um pouco maiores e detalhes de ligação mais delicados, visto ser um material com resistência diferente em relação às fibras. As placas de piso devem ser, preferencialmente, de material industrializado, painéis ou placas, de forma a manter a condição de obra seca, a leveza e a prontidão de resposta estrutural.

INSTALAÇÃO DOS MEZANINOS EM AÇO

Ainda na fase de concepção do mezanino, o projeto deve considerar as possibilidades de apoio (cargas máximas por ponto) e travamento. “Geralmente, há restrições em estruturas preexistentes”, adverte. As ligações entre os elementos estruturais no aço, como os engastes, articulações e tirantes, precisam ser bem definidas, pois esses vínculos podem mudar o sistema estrutural.

Cuidado especial deve ser tomado na ancoragem com o concreto, de maneira a não danificar peças existentes. Na instalação dos chumbadores de expansão ou químicos, é preciso respeitar as distâncias mínimas entre eles e a distância de borda, de forma a garantir a integridade do elemento base e da capacidade da ligação.

“Entre as placas de piso e a face de apoio nas vigas deve ser colocado um elemento amortizador de som, como Neoprene ou fitas de amortização de impacto ou isolamento sonoro. O revestimento da placa de piso também pede algum amortecimento e, se for adotado forro, pode-se utilizar entre piso e forro uma manta de lã de rocha ou lã de PET – materiais que colaboram com o isolamento acústico”, recomenda Maringoni.

TIPOS DE REVESTIMENTO

Os revestimentos flexíveis de piso são os ideais para revestir mezaninos metálicos. A explicação é que toda estrutura deforma, algumas ao longo do tempo, outras sob ação imediata da solicitação, como ocorre com o aço. Essa deformação, num curto espaço de tempo, é a vibração. “Estruturas leves vibram e, para atender a limites que evitem desconforto ao usuário, a vibração é controlada em projeto”, afirma. O revestimento de piso sofre com essas deformações, portanto, em mezanino metálico a melhor solução é o uso de vinílicos ou emborrachados.

Segundo Heloísa Maringoni, nem mesmo ambientes agressivos, como os de alguns ramos industriais ou edificações em regiões litorâneas, devem renunciar aos mezaninos metálicos. “Toda estrutura precisa de manutenção. Por mais criteriosa que seja a pintura, ela deve ser refeita a cada oito ou 10 anos. Em meios agressivos ou de difícil acesso para manutenção, o aço pode ser empregado, desde que protegido por galvanização a quente”, conclui.

CASE STUDIO PIER 88

O escritório Pietro Terlizzi Arquitetura fez amplo uso de mezanino metálico no projeto do Studio Pier 88, produtora de vídeos e fotos, transformando um antigo galpão de 2 mil m² no bairro paulistano de Vila Leopoldina. “Os proprietários conheciam em Nova York e Los Angeles inúmeros exemplos de edificações que um dia foram fábricas ou depósitos, como essa, retrofitadas e usadas por estúdios”, conta Pietro Terlizzi.

Toda a estrutura metálica dos mezaninos foi instalada de maneira independente dos muros e treliças originais do galpão, apoiando-se apenas no piso, com fechamentos em drywall. Na área do térreo, optamos por fechamentos laterais em alvenaria

Pietro Terlizzi

O projeto alocou as áreas comuns na parte frontal do terreno com ambientes como recepção, administração, depósito de materiais e sala de reunião, entre outros. Na parte posterior, foram criadas cinco grandes salas de fotografia e filmagem, com seus mezaninos e camarins exclusivos que receberam a infraestrutura necessária para as sessões de fotos e filmagens. “Toda a estrutura metálica dos mezaninos foi instalada de maneira independente dos muros e treliças originais do galpão, apoiando-se apenas no piso, com fechamentos em drywall. Na área do térreo, optamos por fechamentos laterais em alvenaria”, diz o arquiteto.

O telhado original recebeu isolamento termoacústico, restauro e reparos nas treliças de madeira que chegam a ter 2,5m de altura. Sistema de climatização nas salas de gravação assegura o conforto dos modelos que participam da produção das roupas de verão e inverno da Europa e Estados Unidos.

“A ideia foi deixar o projeto com os materiais aparentes, mantendo a identidade industrial original da construção. O contraste entre a estrutura de madeira do telhado original do galpão pintada de branco e a estrutura em aço dos mezaninos na cor cinza chumbo deixa claro que parte do projeto tem mais de meio século e parte é composta de elementos introduzidos agora”, comenta Terlizzi.

Fonte: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/mezaninos-em-aco-sao-a-melhor-escolha-para-qualquer-tipo-de-obra/21407

Desconstruir o anafalfabetismo começa no canteiro de obras

Desconstruir o anafalfabetismo começa no canteiro de obras

Apesar dos avanços, ainda existem mais de 13 mil trabalhadores da construção que merecem atenção para equacionar essa triste realidade

A construção civil foi historicamente o destino que o mercado de trabalho reservava a boa parte da população de baixa escolaridade — especialmente homens na fase adulta, residentes de áreas urbanas. A necessidade de mão de obra física/braçal em grande contingente e a natureza artesanal de muitos processos construtivos sempre asseguraram a absorção de fatia expressiva desse perfil de força de trabalho. Portanto, trata-se de uma enorme ‘porta de entrada’ a quem tem pouco estudo e precisa trabalhar, correto?

Não mais! Hoje em dia, raramente um operário passa pela construção civil sem ter uma oportunidade de elevar o nível de aprendizado e/ou qualificação. A maior prova é que apenas 0,59% dos profissionais formais atuantes no setor se declaram analfabetos — conforme consta na Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2021), dado oficial mais recente. Esse número é 34% menor do que o verificado na Rais 2015 (0,71%); 66% do que o registrado na Rais 2001 (2,44%) e 89% do que o registrado na Rais 1988 (5,3%).

Mérito das políticas públicas, que de fato promoveram uma redução geral da taxa de analfabetismo do país, nas últimas décadas. Mas não se pode ignorar o enorme esforço por parte das empresas, que trouxeram para si esta responsabilidade e, com o apoio de sindicatos e de entidades da sociedade civil organizada, tiraram o setor do topo da lista das atividades com maior número de mão de obra analfabeta.

Atualmente, segundo a Rais, a construção civil é a quinta desse ranking em números absolutos. Na frente estão os setores de serviços (61 mil trabalhadores analfabetos), indústria (44 mil), agropecuária (32 mil) e comércio (16 mil). Exceto a agropecuária, todos seguem uma trajetória totalmente distinta, com números que denotam estabilidade e até mesmo aumento do contingente de analfabetos a partir de 2015. Isso reforça mais uma vez o comprometimento do setor com a causa.

Contudo, ainda não é o momento para comemorar. Apesar dos incontestáveis avanços, existe um universo bastante significativo, de mais de 13 mil trabalhadores da construção que merecem atenção especial para finalmente equacionarmos essa triste realidade.

Da parte das empresas, nota-se um contínuo interesse em de fato avançar nesse caminho. O fortalecimento da agenda ESG; o processo acelerado de inovação tecnológica e, sobretudo, de automação que vive o setor, impulsionam a condução desses passos, pois tornam a alfabetização ainda mais essencial, seja para compreensão de manuais, avisos, assim como de normas técnicas que evitam acidentes.

Metas ambiciosas, alinhadas aos ODSs da ONU, têm sido assumidas pelas principais companhias do setor – que por sua vez servem de referência e encorajam as demais a fazerem o mesmo.

A MRV&CO, por exemplo, anunciou a meta de zerar o número de trabalhadores não alfabetizados em seus canteiros de obras. O desafio abrange cerca de 700 funcionários, ainda sem nenhum grau de instrução, a serem convencidos da importância de saber ler e escrever. Para tanto, a empresa conta com o projeto Escola Nota 10, que visa alfabetizar e qualificar esses colaboradores nos canteiros de obras durante o horário de trabalho. Só em 2022 a companhia criou 34 escolas próprias. E, ao longo de mais de dez anos do projeto 4,8 mil trabalhadores da companhia já foram alfabetizados — colecionando histórias de superação e de sucesso, seja pessoal, seja profissional.

Uma mostra do quanto o setor tem levado a sério essa questão e, mais importante, conquistado resultados altamente transformadores — que não merecem passar despercebidos. A propósito, celebramos este mês o Dia Internacional da Educação, que tem por objetivo justamente reforçar a importância do ensino no desenvolvimento da humanidade. A alfabetização, sem dúvida, é o passo primordial. Cabe a nós, portanto, enaltecer os bons exemplos que temos para que sirvam de inspiração a todos.

Fonte: https://exame.com/bussola/desconstruir-o-anafalfabetismo-comeca-no-canteiro-de-obras/

Nova metodologia eleva a produtividade na indústria da construção civil

Nova metodologia eleva a produtividade na indústria da construção civil

Metodologia VDC tem o potencial para deixar a indústria da construção muito mais eficiente

Em recente artigo publicado pelos autores sobre produtividade e eficiência na indústria da construção civil, comentou-se sobre os desafios enfrentados por este setor para reduzir o “gap” tecnológico observado (em nível global) em relação a outras atividades econômicas produtivas, e assim fazer frente às oportunidades e demandas crescentes deste mercado. Neste cenário, identificou-se a metodologia Virtual Design and Construction (VDC) como uma solução promissora, com o potencial de levar a indústria da construção a outro patamar de eficiência e produtividade.

O VDC é uma metodologia de gestão originalmente proposta em 2001 pelo Center for Integrated Facility Engineering (Cife), da Universidade de Stanford, desenvolvida pelo professor Martin Fisher. Trata-se de uma iniciativa que visa a integração entre projeto e construção, cuja implementação está baseada em três princípios:

  • Estabelecer uma estrutura de integração entre as áreas, que disponha de ferramentas e recursos para facilitar e acelerar a busca de soluções para os inevitáveis conflitos;
  • Criar uma sistemática que promova o alinhamento de objetivos, de forma que as diferentes áreas envolvidas conheçam as interdependências dos processos e possam estabelecer marcos comuns durante o projeto;
  • Dispor de ferramentas (softwares) para a criação e visualização de modelos 3D (BIM) do empreendimento, de modo a facilitar a coordenação multidisciplinar e a interação com o cliente final.

Decorre diretamente destes princípios um framework característico com três componentes distintos: ICE, PPM e BIM, apresentados na sequência.

Integrated Concurrent Engineering (ICE)

Trata-se de uma técnica baseada no método de “Colaboração Extrema” desenvolvido pelo Jet Propulsion Laboratory da NASA, que possibilita acelerar a etapa de projeto de forma significativa, tornando o processo mais eficaz e o produto final mais confiável. Esta consiste basicamente em se colocar todos os stakeholders (equipes com poder de decisão) em um mesmo ambiente para a análise conjunta do modelo virtual (espaço comumente designado como “Big Room”) e proceder com uma verificação de consistência e a análise de “constructability”. Com isto, consegue-se reduzir drasticamente a “latência” de resposta dos processos decisórios — é daí que resulta o grande ganho de eficiência observado durante a fase de projeto.

Project Production Management (PPM)

O PPM estabelece rotinas que favorecem / viabilizam a implementação de processos mais confiáveis, através da organização e controle dos fluxos de trabalho, com técnicas similares àquelas aplicadas em metodologias ágeis (Lean Construction). Este controle se dá por meio do uso de “buffers” com balanceamento de Capacidade-Inventário/Recursos-Tempo e a definição de Métricas de Produção e de Fatores Controláveis. Em consequência, reduz-se a variabilidade dos produtos obtidos em uma sequência de atividades produtivas, garantindo que os objetivos do projeto sejam atingidos mais facilmente e com ganhos de eficiência.

Building Information Modelling (BIM)

Um modelo BIM corresponde à representação digital compartilhada de um ativo a construir para facilitar a fase de desenvolvimento do projeto, coordenação multidisciplinar, construção e operação de um empreendimento. Este modelo representa o escopo físico do produto almejado e fornece uma base confiável para fundamentar o processo de tomada de decisões em cada etapa de seu desenvolvimento.

Uma vez implementado, o VDC permite eliminar a fragmentação na indústria da construção, avaliar alternativas interdisciplinares, tomar as melhores decisões, promover a troca de informações e a integração entre projeto e construção, envolvendo pessoas, sistemas, empresas e práticas para aumentar a eficácia e eficiência da etapa de obra. Resulta deste processo uma sistemática com potencial de conduzir a Construção Civil para outro patamar de qualidade, produtividade e eficiência, pavimentando o caminho rumo à industrialização do setor: a construção na era da Indústria 4.0.

Fonte: https://exame.com/bussola/nova-metodologia-eleva-a-produtividade-na-industria-da-construcao-civil/

 

Matcons: gargalos e oportunidades para observar em 2023

Matcons: gargalos e oportunidades para observar em 2023

Milhões de empregos são gerados pelo mercado da construção civil todo ano

O ramo da construção civil é responsável por milhões de empregos diretos e indiretos, movimentando toda a economia nacional à medida que injeta dinheiro através da venda de materiais, contratação de serviços e dos salários pagos aos operários. Porém, passou por impactos na produção de insumos que ainda podem ser vistos e devem se refletir este ano.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) fez um estudo com 400 empresas brasileiras e 47% delas firmaram que a falta ou o alto custo de matéria-prima foi o principal problema no ano passado. A taxa de juros elevada foi destacada por 29,8% dos entrevistados. Já a falta ou alto custo do trabalhador qualificado foi relatada por 20,3%.

De acordo com Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os três insumos que mais sofreram aumentos nos custos entre julho de 2020 a junho de 2022 foram vergalhões e arames de aço ao carbono (99,60%); tubos e conexões de ferro e aço (89,43%) e tubos e conexões de PVC (80,62%).

No sentido oposto desses gargalos, o mercado matcon segue resiliente. Serviço essencial para a sociedade, mesmo durante o isolamento social por conta da pandemia do coronavírus, o setor continuou suas atividades e atingiu um crescimento de quase 6% em 2022, segundo projeção da Construction Intelligence Center.

Com esse resultado, o PIB do setor supera o nível pré-pandemia (2019) em quase 9% e vai diminuindo a distância para o pico registrado em 2013 (-21,7%).

Outra pesquisa realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revela que o setor de construção civil registrou 430 mil novas vagas de emprego com carteira assinada entre março de 2020 a maio de 2022.  A quantidade de novas obras e projetos tiveram um crescimento de 3% no primeiro semestre do ano passado.

No franchising, o desempenho também se mostrou positivo.  De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o mercado teve faturamento de R$ 3,5 bilhões no 2º trimestre de 2022, o que representa um crescimento de 17,4% em relação ao ano anterior.

Em um cenário de economia robusta, 2023 deve ser marcado por diversas oportunidades na área de matcon. Entre os fatores que impulsionam a estimativa positiva estão a crescente estabilidade do preço dos materiais de construção e a melhorada economia do país, que gera mais confiança ao consumidor.

O ciclo de negócios em andamento, iniciado nos últimos dois anos, também deve garantir o ritmo das atividades do setor em 2023, assim como a consolidação do Bolsa Família de R$ 600 e as novas medidas para o Programa Minha Casa Minha Vida.

Em uma sociedade que aprendeu a ressignificar o morar após anos de isolamento,      lutando pelo reequilíbrio político e social, a expectativa é de que este ano a construção civil siga se destacando e contribuindo de forma estratégica para o país.

O bom desempenho da área exerce efeito positivo em toda a economia nacional, em função da sua extensa cadeia produtiva. Tudo  isso só deve se fortalecer daqui para frente.

*Por Patrícia Zanlorenci é CEO da Vellore Ventures

Fonte: https://exame.com/bussola/matcons-gargalos-e-oportunidades-para-observar-em-2023/

Grupo Saint-Gobain inaugura fábrica de R$ 80 milhões em Goiás

Grupo Saint-Gobain inaugura fábrica de R$ 80 milhões em Goiás

Unidade terá capacidade de produção de até 100 mil toneladas de produtos de fibrocimento ao ano, segundo a empresa

O Grupo Saint-Gobain, responsável pela marca de construção civil Brasilit, inaugura uma nova fábrica no Brasil nesta terça-feira, 18. Localizada em Abadiânia (Goiás), a unidade recebeu investimento mais de R$ 80 milhões e vai ter capacidade de produção de até 100 mil toneladas de produtos de fibrocimento ao ano.

Com a inauguração, a Brasilit passa a ter 7 fábricas e 2 centros de distribuição no Brasil. A empresa atua na produção de telhas de fibrocimento e fornece soluções de construção a seco de paredes, pisos e fachadas. No total, o Grupo Saint-Gobain possui 59 fábricas no País, 52 centros de distribuição e três mineradoras.

A unidade de Abadiânia foi concebida dentro modelo da indústria 4.0, com 100% dos operadores totalmente conectados e gestão feita de maneira virtual sem uso de papel. Conta também com reúso de água em todo o processo fabril, sem destinar resíduos para aterros sanitários e com reaproveitamento de rejeitos industriais.

Fonte: https://www.estadao.com.br/economia/saint-gobain-inaugura-fabrica-80-milhoes-goias/

Aprenda a escolher os tipos de fios e cabos elétricos

Aprenda a escolher os tipos de fios e cabos elétricos

Conheça as diferenças e variedades de fios e cabos, entenda os requisitos de qualidade e acerte na especificação

Condutores elétricos são materiais que possuem baixa resistência à passagem de correntes elétricas quando submetidos a uma tensão ou diferença de potencial. “Entre os equipamentos e soluções desenvolvidos e que podem ser empregados em construções estão os cabos elétricos e barramentos elétricos”, informa o engenheiro Henrique Dariva Nascimento Costa, gerente Comercial na OMS Engenharia.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE CABOS E FIOS ELÉTRICOS?

Tecnicamente, fios e cabos elétricos são elementos distintos, apesar de serem confundidos como a mesma coisa.

FIOS ELÉTRICOS

Fios elétricos são aqueles condutores que possuem apenas um fio, encordoado, ou seja, protegido por sua capa isolante. Comumente, podem ser encontrados como os ‘fios rígidos’.

CABOS ELÉTRICOS

Cabos elétricos são formados por vários condutores entrelaçados e trefilados separadamente, que são reunidos para formar um elemento mais flexível que os fios elétricos, podendo chegar a bitolas de mais de 300 mm²”, explica.

TIPOS DE FIOS E CONDUTORES ELÉTRICOS

Há, no mercado, quatro tipos de fios e cabos elétricos, conforme detalha o engenheiro:

FIOS SÓLIDOS

Sinônimo de fios elétricos, são condutores compostos por apenas um fio, geralmente de rigidez mecânica superior aos cabos elétricos;

CABOS FLEXÍVEIS

Por serem formados por vários elementos condutores entrelaçados de diferentes bitolas, os cabos elétricos podem ter sua flexibilidade medida em maior ou menor grau. Podem ser classificados em flexíveis (classe 4) ou extra-flexíveis (classe 5 ou 6);

CABOS PP

São cabos geralmente de classe de isolação 750V, com dupla isolação em PVC, compostos por mais de uma via (multipolares). Vale ressaltar que todo cabo PP é multipolar, mas nem todo cabo multipolar é PP, pois, normativamente, cabos multipolares possuem características construtivas superiores aos PP, como maior temperatura de operação, maior nível de isolação e material construtivo superior;

CABOS PARALELOS

É o nome comum dado a condutores de duas vias, utilizados geralmente em pequenas instalações residenciais ou na ligação de pequenos equipamentos. Possuem classe de isolação 300V e não podem ser utilizados em instalações de maior complexidade ou na alimentação de circuitos elétricos.

CUIDADOS AO ESCOLHER OS CONDUTORES ELÉTRICOS

Cores, bitola e emendas são conhecimentos básicos que o consumidor deve ter no momento da escolha dos condutores elétricos. Henrique Costa explica:

CORES DE CABOS ELÉTRICOS

Elas estão presentes nas coberturas isolantes dos condutores elétricos com a função de identificar a sua função nas instalações elétricas. Segundo a ABNT NBR 5410 item 6.1.5, condutores de proteção (“terra”) devem possuir cor verde ou verde e amarela; condutores neutros a cor azul clara; e condutores fase têm cores preta, marrom ou vermelha.

Demais cores também podem ser utilizadas, desde que não conflitem principalmente com as cores dos condutores de proteção e neutro. O engenheiro recomenda evitar utilizar, simultaneamente, e em uma mesma instalação, condutores amarelos para condutores energizados, e verde e amarelo para condutores de proteção, devido à similaridade.

BITOLA

São as dimensões padronizadas da seção transversal condutora de um fio ou cabo elétrico. “Via de regra, quanto maior a bitola, maior a corrente que um condutor pode conduzir em regime permanente”, diz. O dimensionamento da bitola de um condutor leva em consideração vários fatores normativos. Deve ser estabelecida ainda em projeto, por um engenheiro eletricista legalmente habilitado, a fim de obedecer às boas práticas e padrões de segurança para a instalação e seus usuários.

CUIDADO COM EMENDAS

“As emendas em condutores elétricos sempre são um ponto de atenção”, alerta. Pelo fato de uma emenda interromper o padrão construtivo de um cabo ou fio elétrico, ela deve ser executada conforme orientação dos fabricantes. Existem ainda soluções de mercado, como emendas pré-fabricadas, que podem ser utilizadas e garantem os níveis de isolação e continuidade elétrica no ponto.

SELO QUALIFIO

EConcedido pela Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos (Qualifio), o selo é um dos atestados da qualidade, entre outros de mercado, que garantem que as marcas associadas seguem rigorosamente os padrões construtivos e normativos vigentes. “Dessa forma, marcas que adotam esse selo têm sua qualidade assegurada por uma inspeção externa independente”, fala Henrique Costa.

Fonte: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/como-escolher-condutores-eletricos/24584